
Como escolher a solução certa para o seu problema de humidade
septembre 1, 2025
Humidade em escolas, escritórios e edifícios públicos
septembre 1, 2025Introdução
Portugal é um país com um património arquitetónico rico em edifícios antigos, muitos deles construídos com técnicas tradicionais e materiais naturais como pedra, cal e madeira. Apesar do seu charme histórico, estas construções apresentam frequentemente problemas de humidade ascendente, infiltrações e condensação.
A conservação destes imóveis é um verdadeiro desafio: como resolver a humidade sem comprometer a estética, os materiais originais e, em alguns casos, as regras de proteção patrimonial?
Neste artigo vamos analisar as principais causas da humidade em edifícios antigos, os riscos associados e as alternativas disponíveis, desde os métodos tradicionais até às soluções modernas e não invasivas como as gamas ATE e ATG.
Porque os edifícios antigos são tão vulneráveis
- Ausência de barreiras impermeáveis: antigamente não se usavam membranas ou camadas protetoras nas fundações,
- Materiais porosos: pedra, tijolo artesanal e argamassas de cal absorvem facilmente água,
- Fundações pouco profundas: mais expostas à água do solo,
- Manutenção irregular: infiltrações e fissuras acumulam-se ao longo de décadas.
👉 Estes fatores tornam a humidade ascendente quase inevitável em edifícios históricos.
Sinais de humidade em edifícios antigos
- Manchas que sobem do rodapé,
- Salitre: depósitos brancos cristalizados,
- Reboco a cair ou estalar,
- Bolor em cantos e tetos,
- Madeira deteriorada,
- Odores persistentes a mofo.
Riscos da humidade em edifícios históricos
Estruturais
- Degradação de rebocos e argamassas,
- Fragilização de paredes de pedra ou tijolo,
- Danos em elementos decorativos (azulejos, pinturas murais).
Saúde
- Bolores e fungos que afetam moradores e visitantes,
- Ambientes frios e insalubres,
- Maior risco para crianças e idosos.
Património
- Perda de valor cultural,
- Alterações irreversíveis em materiais originais,
- Risco de colapso em casos extremos.
Métodos tradicionais e as suas limitações
Injeções químicas
- Requerem perfurações nas paredes,
- Podem comprometer materiais antigos e frágeis,
- Eficácia variável em muros de grande espessura.
Impermeabilização exterior
- Exige escavações em redor das fundações,
- Muitas vezes impossível em centros históricos,
- Pode danificar a integridade da construção.
Pinturas e revestimentos
- Apenas disfarçam os sintomas,
- A humidade continua a acumular-se por trás,
- Danificam materiais tradicionais como a cal.
👉 Estas soluções raramente são compatíveis com edifícios antigos de valor patrimonial.
Alternativas modernas: gamas ATE e ATG
Gama ATE (eletrónica)
- Emite impulsos eletrónicos de baixa frequência,
- Reduz a subida da água por capilaridade,
- Necessita de eletricidade.
Gama ATG (geomagnética)
- Baseia-se nos campos geomagnéticos naturais,
- Funciona sem energia elétrica,
- É discreta e não invasiva,
👉 Ambas permitem tratar a humidade ascendente sem comprometer a estética nem destruir materiais originais.
Vantagens das soluções não invasivas em edifícios antigos
- Compatibilidade com materiais tradicionais,
- Respeito pelo património: sem perfurações nem demolições,
- Sustentabilidade: permitem a secagem natural ao longo do tempo,
- Versatilidade: adaptáveis a casas, igrejas, museus e edifícios classificados.
Expectativas realistas
- O processo de secagem é gradual (12 a 24 meses ou mais),
- Não há soluções milagrosas ou imediatas,
- A escolha da solução deve respeitar sempre as características arquitetónicas do imóvel.
Exemplos práticos
- Casa senhorial no centro histórico → instalação de ATG discreto, sem alterar fachadas.
- Igreja antiga → dispositivo ATE para cobertura ampla, preservando a integridade estrutural.
- Museu em edifício de pedra → solução não invasiva para evitar obras pesadas e proteger o património.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. É possível tratar humidade em edifícios classificados sem obras?
Sim. Soluções como ATG e ATE são não invasivas e compatíveis com património histórico.
2. A cal ou outros rebocos tradicionais podem ser usados após o tratamento?
Sim. Revestimentos respiráveis como a cal são recomendados.
3. Quanto tempo demora até notar melhorias?
Alguns meses, mas a secagem completa pode levar anos em muros muito espessos.
4. Estas soluções danificam os materiais antigos?
Não. São discretas, seguras e não interferem com os elementos originais.
Conclusão
A humidade em edifícios antigos representa um desafio particular, pela fragilidade dos materiais e pela necessidade de preservar o património arquitetónico.
- Métodos tradicionais muitas vezes são invasivos e inadequados,
- As gamas ATE (eletrónica) e ATG (geomagnética) oferecem alternativas modernas, discretas e compatíveis,
- A secagem é progressiva e respeita os ritmos naturais da construção.
👉 Tratar a humidade em edifícios históricos é possível sem comprometer o seu valor cultural, desde que sejam escolhidas soluções técnicas adequadas.